Você já se perguntou de onde surgiram os sobrenomes? Entre os séculos X e XI, o aumento populacional tornou difícil distinguir as pessoas apenas pelo nome. Foi aí que surgiu a necessidade de um segundo nome, o sobrenome, para identificar as pessoas de uma mesma linhagem.

O sobrenome moderno nasceu a partir dessa necessidade e poderia ter várias origens. Ele podia ser derivado de uma característica pessoal, como a profissão, o local de nascimento, o status social ou até o nome do pai. Por exemplo, o sobrenome italiano “Florentino” provavelmente tem origem em Florença, enquanto “Di Francesco” significa “filho de Francisco”. Na Itália, o uso de sobrenomes italianos começou entre as famílias ricas, mas entre os séculos XIII e XIV, essa prática se espalhou para as classes mais baixas.

A distinção entre as classes sociais sempre foi evidente, e um dos símbolos mais marcantes dessa diferença era o brasão de família. Nos castelos europeus, os brasões das famílias nobres eram exibidos com orgulho, e isso é algo que vemos até em filmes de época, onde os brasões estão em bandeiras e nas portas das casas.

Na Itália, assim como em outros países da Europa, o direito de ter um brasão era concedido pelo rei. Por isso, apenas as famílias nobres e ricas possuíam brasões de família. Essas famílias eram donas de terras, comércios e fábricas, mostrando sua profunda conexão com a história e a economia do país.

Então, quando você pensa em sobrenomes e brasões, está refletindo sobre séculos de história e tradição, que continuam a marcar nossas identidades até hoje.