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Os restaurantes no bairro japonês da Liberdade em São Paulo são atrações imperdíveis, portanto, devem fazer parte do roteiro de quem vem à cidade. Desde o primeiro restaurante típico japonês documentado em 1945, muitos outros estabeleceram-se nesse bairro de São Paulo.
Um exemplo é o Assahi, que vendia – de acordo com um jornal da época – o melhor Udon da cidade. Agora, são tantas opções que definitivamente fica difícil optar por um. Por isso, preparei para você uma lista com os melhores, ou pelo menos com os que eu recomendo:
A comida japonesa tem conquistado um espaço significativo em São Paulo, impulsionada por diversos fatores. Em primeiro lugar, a marcante presença de imigrantes japoneses no Brasil, sobretudo na região paulistana, desempenhou um papel fundamental nesse cenário. Com a chegada desses imigrantes, sua cultura e culinária foram trazidas para o país, moldando a apreciação da comida japonesa ao longo dos anos.
Adicionalmente, a culinária japonesa ganhou destaque por suas características saudáveis e saborosas, com pratos frequentemente preparados com ingredientes frescos e nutritivos, como peixe cru, arroz, legumes e algas marinhas. Essa abordagem nutricionalmente consciente tem atraído os brasileiros, que demonstram cada vez mais interesse por uma alimentação equilibrada.
A ampla oferta de restaurantes especializados em culinária japonesa em São Paulo também é um ponto relevante. Com uma vasta gama de opções, desde estabelecimentos tradicionais até os mais contemporâneos, atendendo a diferentes faixas de preço, a comida japonesa tornou-se acessível a uma grande parcela da população paulistana.
Por fim, o fenômeno da globalização e a difusão da culinária japonesa em escala mundial desempenham um papel significativo no seu consumo em São Paulo. A exposição a essa culinária durante viagens internacionais frequentemente leva as pessoas a se tornarem apreciadoras e consumidoras assíduas da comida japonesa em seu retorno ao Brasil.
Desde a chegada marcante do navio Kasato Maru em 1908, a comunidade nipônica no Brasil foi progressivamente recebendo um considerável número de famílias, chegando hoje a uma estimativa de 2 milhões de japoneses e descendentes.
Esta comunidade representa a pioneira e maior fora do Japão, abrangendo tanto japoneses como nikkeis. Durante o período de acentuada imigração, emergem relatos cativantes sobre a jornada e a estabelecimento dessas famílias, sobretudo nos rincões do interior brasileiro. Contudo, tais narrativas aguardam para serem exploradas detalhadamente em um próximo artigo.
“Lembro que em 2004, meu trabalho de conclusão do curso de graduação no Turismo foi analisar um restaurante japonês na Granja Viana. E nessa época já tinha a informação que havia mais restaurantes japoneses do que churrascarias em São Paulo. Infelizmente o restaurante não existe mais. No entanto, tornei-me uma fã incondicional dos pratos asiáticos“.
A ascensão dos restaurantes japoneses desde os anos 2000 perdura até os dias atuais. Segundo informações do Ifood, a plataforma registrou a entrega expressiva de 9,7 milhões de itens da culinária japonesa.
Além disso, dados revelam um aumento significativo no número de restaurantes japoneses, com um notável crescimento de 55% no ano de 2021 em estabelecimentos cadastrados na plataforma. É importante destacar que a maioria desses estabelecimentos são caracterizados como pequenas e médias empresas.
Sabemos que sushis e sashimis são comidas já bem conhecidas no Brasil e portanto, cairam no gosto do brasileiro. Entretanto, nos últimos anos, uma nova tendência pelo mundo surgiu com os “botecos” japoneses, chamados de izakayas.
No Japão, esses estabelecimentos já eram comuns, entretanto, limitavam-se em vender bebidas alcóolicas, assim como os botecos brasileiros. Mas como os nossos, parte dos izakayas tornaram-se lugares sofisticados e modernos, incluindo refeições no cardápio.
De fato, 75% dos izakayas japoneses só vendem bebidas, como cerveja, whisky e sakê, claro. A maioria são pequeno negócios, sobretudo, administrado pelos próprios familiares.
No livro: “Izakaya: por dentro dos botecos japoneses”, o autor, Jo Takahashi conta que nas décadas de 80 e 90, esses lugares eram destinos dos executivos japoneses. Funcionavam como uma espécie de extensão do trabalho, onde eles faziam “reuniões” com os colegas para conversar sobre estratégias ou comemorar grandes negócios.
Enquanto isso, as cidades de Nova York e São Francisco foram pioneiras na abertura dos izakayas. Consequentemente estes botecos incorporaram-se no cenário cosmopolita das grandes cidades, juntando a cultura do boteco e o momento de happy hour.
Simultaneamente um prato se notabilizou como o “queridinho” dos amantes da culinária japonesa: o ramen.
A mistura de um caldo de carne, peixe ou frango com macarrão e adicionais, como ovo, shimeji e algas, ganhou muitos adeptos, principalmente entre os jovens.
Eventualmente, há uma confusão sobre a pronúncia do nome do prato. Muitos falam lamen, que é a expressão usada pelos chineses, enquanto os japoneses dizem ramen. Portanto, não há erro em ambos os casos. De toda forma, trata-se de diferenças culturais entre japoneses e chineses. O que nada modifica o delicioso paladar desse prato.
Por final, Indico abaixo alguns izakayas, que podemos conversar em outro artigo: Donchan + Kintaro, Hikaru Restaurante e Karaokê, Ícone Asiático, Izakaya Picha, Imai Izakaya, Kinboshi, Koya88, Quito Quito, Nombe, Omoide Sakaba, Oriental Izakaya, Yakitori, Yoshi Izakaya e Yorimichi.
Por causa do sucesso do Ramen, muitas pessoas resolveram ensinar e aprender a preparar esse prato. Devido a grande procura, também aumentou o interesse na cultura japonesa, sobretudo na culinária.
O ramen é uma importante refeição no Japão e por isso há um ritual no consumo do prato. Em primeiro lugar, ele é servido numa única tigela. De acordo com quem faz e entende, o ramen combina cinco elementos: macarrão, dashi, tarê, cobertura e gordura com possibilidade de inúmeras receitas.
Em segundo lugar, a tigela, chamada de ramen Donburi é feita pela cerâmica vinda da região de Tono, sudoeste de Mino, na província de Gifu, no Japão. Certamente não é um ritual obrigatório utilizar a tigela de Mino. Entretanto faz parte da tradição e esse conceito é levado muito a sério pelos japoneses.
Se você quer conhecer mais sobre o Donburi, indico assistir pelo YouTube a exposição ” A arte do ramen Donburi” clicando aqui.
Por fim, a influência da cultura japonesa no Brasil, especialmente em São Paulo, é significativa e evidente no aumento da demanda por comida japonesa. Como resultado de uma grande variedade de restaurantes e opções de delivery, encontra-se pratos para todos os gostos e orçamentos.
No entanto, o segmento enfrenta desafios como a exploração de mão-de-obra e a falta de fiscalização, que podem afetar negativamente a qualidade e a ética do setor.
Ficou interessado (a) em provar a comida japonesa em São Paulo? Existem ótimas opções de restaurantes para conhecer na cidade. Abaixo, seguem 10 sugestões de locais que valem a pena conferir:
Recentemente, o Kidoairaku mudou de endereço. Localizava-se ao lado do Bunkyo – o Museu da Imigração Japonesa – mas agora está na rua mais descolada da Liberdade. Certamente é lá que se encontram os famosos restaurantes de lamen: rua Tomás Gonzaga.
Comandado pela empresária Hiroka Sato com apoio dos filhos, o novo conceito do restaurante alinha-se à qualidade nos mais de 30 anos de história no bairro.
No cardápio, você pode pedir o Jubako, que é uma espécie de “prato feito” japonês e vem com arroz, sashimi, conservas japonesas, ovo e missoshiro, além do acompanhamento principal que você pode escolher na hora.
Certamente outro prato interessante, que dá para dividir com até 2 pessoas é o Katsu Curry Rice, que vem com frango empanado, lombo e camarão. No menu tradicional, você encontra outros pratos que valem a pena provar:
Um bom restaurante japonês atrai um grande público. Como resultado, filas longas e muita espera. Contudo, vale a pena encarar alguns minutos para provar a comida do Lamen Kazu.
Diante tanto sucesso, principalmente com os jovens, o Lamen Kazu inovou na apresentação do cardápio. Didático, com o nome e foto dos ingredientes e seus acompanhamentos, fica mais fácil na hora do pedido.
Em primeiro lugar, os pratos são bem tradicionais, ou seja, nada de invenções ou ingredientes muito diferentes. A experiência consiste em saborear um prato igual aos restaurantes do Japão.
Não à toa, o Lamen Kazu faz parte de uma rede do grupo Try International, que tem vários restaurantes pelo mundo, e portanto, oferecem uma espécie de comida em série. Sabe aquela comida transnacional que é igual em todos os lugares? Isso não quer dizer que seja ruim. Pelo contrário, a prática e o método fazem pratos saborosos.
Assim, vale a pena saborear um dos pratos como o Shoyu Lamen tradicional. Aproveite para aprender o nome dos ingredientes e ficar por dentro dessa nova onda.
A rua Tomás Gonzaga é uma das mais descoladas e cheias da Liberdade. Em outras palavras, é onde se concentram os restaurantes mais procurados. Porém, quase todos fazem muito sucesso entre os frequentadores.
É o caso do Komei que além de oferecer comida boa, tem um ótimo atendimento. Sempre que vou lá, pelo pelas especialidades que são o lamen e o karê elaborados pelo chef Igor.
Logo, indico aos vegetarianos o Yassai Ramen, uma sopa com nori (folha de alga marinha), o wakami (alga), moyashi (broto de feijão), Kyabetsu (repolho), chinguesai (acelga japonesa), negui (cebolinha) e macarrão fresco sem ovo. Perfeito!
Está procurando um restaurante no bairro da Liberdade de sushi tradicional? Então vá ao Sushi Kenzo. Antes de mais nada é bom avisar que o anfitrião não coloca cream cheese nos sushis e temakis. Ou seja, mais uma prova que a comida é preparada no estilo bem tradicional .
Contudo, o ambiente é simples e com bom atendimento. Os combinados são uma boa pedida e o peixe é fresco e de qualidade. Mas prepare o bolso, mesmo sabendo que você não irá se arrepender.
O mais importante é que o proprietário, o Sr. Tadashi Okuno, conseguiu manter um ambiente familiar e acolhedor. Além das filhas que atendem no balcão, há um time de jovens que são chamados de artesãos do sushi ou sushi shokunin. Como resultado, o restaurante oferece um dos melhores serviços e pratos da região.
Às vezes uma pergunta não tem resposta e afirmamos o “sim” como forma de encerrar o assunto. Mas no caso deste restaurante dá para responder com tranquilidade. O Por que sim destaca-se, não só pela comida, mas pelas salas privativas de karaokê.
Realmente uma combinação perfeita que traduz a cultura japonesa: comida e karaokê.
Os pratos são caprichados como o ramen, o teishoku e curry. Consequentemente, é bem avaliado por turistas e visitantes que deixam seus comentários nas páginas do Google e Trip Advisor. Os pratos tem boas opções de preços e os combos facilitam no custo-benefício, sobretudo o Katsu Karê, que é uma delícia:)
Localizado na rua da Glória, uma das mais famosas da Liberdade, o Sushi Isao é uma excelente opção para os amantes da culinária japonesa. O prédio pode não parecer muito convidativo à primeira vista, mas assim que se entra, percebe-se que se trata de um verdadeiro oásis para os apreciadores de sushi.
O restaurante oferece duas opções para o cliente: o menu à la carte ou o buffet “coma à vontade”. Essa última alternativa é especialmente recomendada para aqueles que desejam se deliciar com uma grande variedade de pratos japoneses. Os frutos do mar são fartos, com destaque para vieiras, ostras e camarões.
O ambiente do Sushi Isao é muito aconchegante, e o serviço é de alta qualidade. O chef e proprietário, Isao Gushi, comanda o restaurante há mais de 30 anos e já ganhou diversos prêmios por sua habilidade na cozinha. Ao longo dos anos, o cardápio foi modernizado e inovado, o que contribui para que o Sushi Isao seja considerado um dos melhores restaurantes japoneses de São Paulo.
É importante destacar que os preços são elevados, com o buffet em torno de R$ 200,00 por pessoa. No entanto, a qualidade dos pratos e do serviço justifica o investimento para uma experiência gastronômica única e memorável.
O Takô é outro restaurante localizado na rua da Glória, próximo ao Sushi Isao e ao Mugui. É um dos mais antigos e tradicionais da região da Liberdade. Seu horário de funcionamento é estendido, funcionando até tarde da noite, por volta da 1h da madrugada nos finais de semana.
O local costumava ser frequentado por diretores, atores e atrizes das peças de teatro da cena paulistana, principalmente em horários mais tardios. Hoje em dia, o Takô é muito procurado por turistas e moradores que saem à noite para shows e eventos culturais pela região.
Eu sou frequentadora assídua do Takô há muito tempo e posso afirmar que duas coisas funcionam muito bem: a fartura de pratos, principalmente no rodízio, e o atendimento ágil e cordial.
Mas não é só isso que faz do Takô um dos restaurantes mais conhecidos da região. A qualidade e o preparo dos pratos também são excepcionais e podem ser acompanhados de perto pelos clientes que sentam no balcão, próximo à entrada do salão. Os sushimen trabalham com maestria, com as mãos ágeis e precisas, preparando os pratos que ganham um toque especial diante dos olhos dos clientes curiosos.
O preço do rodízio é em torno de R$ 160,00, com sashimi à vontade, e pode ser considerado um pouco elevado para alguns, mas certamente vale cada centavo. Para aqueles que preferem um menu à la carte, essa opção também está disponível. Em resumo, o Takô é um restaurante tradicional, com atendimento exemplar e pratos deliciosos.
Ao chegar no prédio onde se encontra o restaurante Mugui, não se deixe enganar pela aparência pouco atraente do edifício. Apesar disso, o Mugui é um restaurante encantador localizado no bairro da Liberdade. Ao adentrar o espaço, você será surpreendido pela qualidade dos pratos e pelo atendimento excepcional. Se você nunca teve a oportunidade de visitar um restaurante japonês, certamente se sentirá em casa no Mugui.
O ambiente é simples e tradicional, oferecendo uma ampla variedade de pratos que incluem sopas, yakisobas e tempurás. Comandado por uma mesma família desde 1989, o restaurante é conhecido por seus bolinhos cozidos ao vapor, recheados com verduras, cebola, alho e carne de porco – um item obrigatório no menu.
Apesar da aparência modesta do Mugui, a comida e o atendimento são de primeira linha, e certamente farão você se sentir em um autêntico restaurante japonês.
O restaurante Nademoyá, localizado no bairro da Liberdade desde 1994, é conhecido por sua música ao vivo aos finais de semana e pelo buffet com uma grande variedade de pratos. Recentemente, o restaurante mudou para um espaço mais moderno e aconchegante na Galvão Bueno, e agora oferece também a opção de levar produtos para casa. Após a pandemia, o Nademoyá acrescentou um mercado ao seu espaço, que fica lotado aos finais de semana.
Se você vir uma fila na calçada da Galvão Bueno, é muito provável que seja para o Nademoyá. Além do buffet com um bom custo-benefício, o restaurante oferece uma grande variedade de produtos no mercado. Vale a pena conferir!
O restaurante Tanka é um dos que mais traduzem o bairro da Liberdade. Uma mistura de comidas: o menu é japonês, coreano e tailandês. O sistema de serviço é tipo buffet, você paga um valor fixo e come à vontade. Dá para comer de tudo um pouco porque o cardápio é bem variado, inclusive sobremesa, chás e café.
O preço do buffet no almoço é R$ 129,90 e no jantar durante a semana R$ 149,90.
Criança de 5 a 10 anos: R$ 72,90 (terça a sexta, exceto feriados) / 82,90 (fim de semana e feriados).
O valor inclui a refeição, sobremesa e frozen yogurt. Tudo à vontade! Chá quente e café: cortesia. Não cobramos taxa de 10%.
Refil (refrigerante, chá gelado e refresco da máquina): R$ 15,90
Vale a pena para quem quer conhecer os pratos asiáticos e está com muita fome.
Para finalizar, vale a pena mencionar o Aska Lamen restaurante. Infelizmente, no fechamento do artigo, o fundador Takeshi Ito faleceu. O Aska se tornou referência para as casas de lamen de todo o país e por isso, vale a pena conhecer e provar um dos pratos mais famosos do restaurante. E já que falamos de comida, restaurantes, izakayas, que tal conhecer um pouco mais sobre a história do bairro da Liberdade em São Paulo?
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